Um grupo de monges Tibetanos conseguiu romper esta barreira maquilhada teatralmente pela China, mas com que consequências. Quantas palavras valem uma vida?
O esvaziamento do discurso social, com uma tendência a politizar o discurso sobre a questão do Tibete, em vez de o analisar de um ponto de vista frontal livre e democrata, relança o debate da crise democrática na Europa. Na actualidade o Ocidente parece vergar-se perante os impulsos económicos em deterimento de valores universais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade vectores da revolução Francesa e motores da democracia Europeia. Desta forma o desejo, agente de mudança de uma sociedade asssente na livre expressão de ideias e no respeito por outro ser vivo, parece adormecido por questões económicas.O peso da palavra provavelmente valeu a morte a este grupo de monges, porém cabe ao espaço público a livre circulação, transformação de ideias e a abertura de horizontes a todos que nele se movem. Aí reside a força da liberdade, a força de alteração de mentalidade de cada cidadão, a obrigação individual de manifestar as suas convicções humanas e cívicas de respeito pelos direitos fundamentais, e a capacidade de uma ideia se ramificar infinitamente. Esta força do espaço público é movida “anima” e a alimentada pelo desejo de viver numa sociedade alicercada no valor universal de liberdade.
Este foi o caminho que este grupo de monges nos deixou para percorrer, o caminho da não violência, do amor e a consciência que cabe a cada um de nós um gesto cívico e uma palavra no imenso espaço público…
Tiago Veloso Dias,27-3-2008
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